Um Xeique Entre Nós

Lentamente se distanciava.
Teimoso, a cada respiração afastava de si a morte.
As ameaças que ela fazia jamais o assustaram.
Embora sabedor do seu dever cumprido.
Deitado moribundo e sem nexo.
Nunca abdicou da vida, nunca temeu o fim.
Com o mal do tempo o corroendo em silenciosa invasão.
Lutava dentro da bolha por mais um dia de glória.
Mais uma respiração...Nunca pensou em parar.

Trançando caminho ainda menino.
Nada vinha antes do dever.
Com espírito peregrino e alma cristã.
E a força de um beduíno.
Partindo da Arábia, quão distante foi chegar aqui.
Moço e já sabendo o que queria.
Trouxe na bagagem a sagacidade dos mercadores de lã.
Autodidata, sem ninguem o ajudar.
Filosofo da paz em seus pensamentos.
Pregador de harmonia, fé e razão.
Sem esquecer das prosas de um sábio.
Exímio contador de histórias, ricas de fundamentos.
sempre inrreverente em sua narração.



Pai e amigo exemplar.
Discreto em sua vida, nunca teve inimigos nem algoz.
Cinco filhos tiveram, ele e Latife Salomão
Grande mulher e parceira.
Afins na alma e no coração.
Juntos deram ao mundo as sementes dessa vida.







Tenho o privilégio de conhece todos, sem exceção.
São amigos até hoje.
Que família a do Said Salomão!
Que legado ele nos deixou!
Um nobre com nome de rei!
Quem nunca conheceu um Xeique,
veja aqui está um!
Ninguém tinha dúvida:( Não podemos negar)
Ele é lenda pioneira de nossa história.
De ti Said todos vamos lembrar!


Poema escrito por Antônio Vassilak - Empresário amigo da família











Um comentário:

  1. Minha foto predileta do Vovo Said , é a que ele se encontra de turbante, uma foto que empõe respeito aos ÁRABES...
    Sírio Macuxí de Coração.

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