Vendo sonhos,
Sou o louco divino.
Sou como o destino.
Sou sonhos de viagens
em postais ilustrados
para usar com paisagens
de sábados.
“Quem quer ter um anel
com magia para o elevar
até uma lua de papel?
Quem quer ter uma casa
no topo de uma colina
com camas de roupa fina?
Quem quer ter uma mulher
com colo onde dormir
e mil bocas para descobrir?”
Mas há um preço de tragédia
em cada sonho que liberto.
O paraíso é um deserto.
Faz-me deste amor comédia
e da comédia faz poesia.
Tudo o resto me entedia.
O camelo adormece sob(re) a carga preciosa
e eu morro de fome e sede
em tons cor de rosa.
Um ladrão rouba-me os sonhos
e um fantasma segue-me de perto.
Vendo sonhos no deserto.
Alexandre Dale
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