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O MAIOR VENDEDOR DO MUNDO


O Maior Vendedor do Mundo de OG MANDINO, foi o primeiro dos muitos livros que meu avô sugeriu a leitura, pelo título imaginei ser um livro sobre vendas, negócios e confesso que não me motivou muito a leitura do mesmo, mais decidir ler para agradá-lo. O que encontrei foi uma grande lição de vida, que me ajuda até hoje em muitos momentos.



Queria quem sabe ajudar outras pessoas. Por que independentes de trabalhar com vendas ou não, todo ser humano vende algo o tempo todo.


Segue a baixo um resumo desse livro maravilhoso.

Resumo: O Maior vendedor do mundo
Autor: Og Mandino

Hafid quer ser o maior vendedor do mundo, assim como é conhecido seu pai adotivo Pathros.

Pathros resolve colocar o jovem Hafid à prova, dando-lhe uma túnica de sua fabricação, de ótima qualidade com seu logotipo (uma estrela) bordado no tecido.

Hafid terá como tarefa ir até a cidade de Belém, que é considerada muito pobre, e vender essa túnica no prazo de quatro dias, pelo preço que achar justo.

Hafid vai, não muito animado, e chegando a cidade montado em seu burro, oferece a túnica para as pessoas nas ruas, nas casas e para os soldados, sem conseguir vende-la.

Na última noite do prazo ele resolve dormir numa gruta que fica atrás da hospedaria onde faz suas refeições.

Quando de aproxima da gruta, percebe uma luz fraca vinda de seu interior. Resolve entrar para verificar e fica surpreso ao ver um casal e um recém-nascido. O casal estava encolhido e tremia de frio, pois tinha tirado cada um sua túnica para cobrir a criança.

Hafid foi até onde estava seu burro, pegou a túnica vermelha que deveria ter vendido e cobriu o recém-nascido com ela. Devolveu as túnicas do casal que permaneceu em silêncio, e saiu, montou em seu burro para voltar ao acampamento para se encontrar com seu pai.

Ao chegar, muito desanimado ao acampamento, viu seu pai que olhou para ele assombrado, pois uma estrela emitindo uma luz que deixava a noite como o dia, parecia te-lo seguido da gruta até ali.

Hafid, envergonhado, contou a seu pai o que acontecera, que havia falhado como vendedor, e pior, havia dado a túnica para um casal desconhecido cobrir uma criança recém-nascida.

Pathros emocionado, falou que Hafid não havia falhado e à partir daquela noite seria seu sucessor como O Maior Vendedor do Mundo.

Pathros em seu leito de morte, sentindo sua missão cumprida, passou para o filho Hafid o baú contendo os dez pergaminhos de couro, onde estavam escritos os segredos para ele se transformar no Maior Vendedor do Mundo.

A primeira orientação era para que Hafid lesse cada pergaminho durante trinta dias seguidos, ao acordar, ao entardecer e antes de ir dormir.

Para colocar em prática os segredos dos pergaminhos, todos os ensinamentos neles contidos teriam que estar incorporados em Hafid.

Assim ele fez, abriu o baú, retirou o pergaminho de número um e começou a ler: Amor por si e pelos outros, ricos, pobres, arrogantes, humildes, persisitir até conseguir, colocar um tijolo de cada vez, retirar do vocabulário palavras e expressões como: desistir, improvável, incapaz, fracasso, impraticável, fora de cogitação, impossível, sem esperança e recuo.

Pois são palavras e expressões de tolos. Mesmo que o desespero tente me contagiar, prosseguirei assim mesmo. Ignorarei os obstáculos sob meus pés e manterei meus olhos firmes nos objetivos acima de minha cabeça.

Persistirei até alcançar êxito.

Tentarei e tentarei e tentarei de novo.

Jamais permitirei que o dia termine com um fracasso.

esquecerei os acontecimentos do dia anterior, sejam eles bons ou maus, e saudarei o novo dia com a certeza que será o melhor dia de minha vida.

Tudo que eu ganhar, dividirei com os pobres.

Se persisto bastante, vencerei. Sou único, não existe ninguém no mundo que ande ou fale igual à mim. Eu sou o maior milagre da natureza.

Eu persistirei.

Eu vencerei.

Seguindo esses ensinamentos Hafid transformou-se no Maior Vendedor Do Mundo, e muito rico.

Quando pressentiu que o próximo escolhido estava para aparecer, doou toda sua riqueza para os pobres, ficando apenas com o suficiente para viver com conforto o tempo que lhe restava.

Um certo dia apareceu no portão do palácio de Hafid um homem maltrapilho, querendo falar-lhe com urgência.

Hafid ouviu toda sua história, pois esse homem dizia ter sido ali enviado por Jesus, o Messias. Trazia consigo uma túnica vermelha suja e manchada de sangue, com a estrela de Pathros bordada em seu tecido.

Hafid segurando a túnica emocionado, pediu que o homem lhe contasse tudo que sabia sobre a história de Jesus.

O homem contou que Jesus havia nascido numa gruta em Belém.

Hafid logo entendeu que estava diante de seu sucessor: O MAIOR VENDEDOR DO MUNDO.

Meu querido velho (autoria desconhecida)

 

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Um dia deste me detive a te olhar, demoradamente, como se fosse o espelho que a vida, caprichosamente, colocou diante de meus olhos. Olhei-te, detalhadamente, e vi que o inverno dos anos vai, impiedosamente, marcando tuas cãs, tingidas e cinzentadas pelas mãos hábeis do mais intransigente dos artistas: o tempo.

O que era ontem passou a ser hoje e, este, será amanhã, nessa corrida vertiginosa e inexorável dos minutos, pela escadaria dos anos afora. Olhei-te e percebi que sulcos profundos traçam em teu rosto, indelevelmente. Vi que tua face e tua fronte foram transformadas numa exposição de artes, onde a vida representou as lembranças do passado, deixando ali, emolduradas, cenas de angústias e ansiedades, tristezas e alegrias, derrotas e vitórias. Olhei o teu porte, outrora vigoroso e intrépido, e senti que aos poucos te vais alquebrando. Teus braços, ainda ontem eram ágeis e me sustiveram, teu peito amigo foi sempre meu escudo e meu aconchego, teu coração paterno sempre pulsou e vibrou de emoção pelos teus filhos, teus olhos já retiveram algumas lágrimas, é verdade, mas também brilharam intensamente de contentamento. Gostei de te ver, assim, com os pés na terra, cabeça no lugar, sem nunca ter pretendido ser super-homem, nem machão...

Meu querido velho. Nasceste gente e isto me basta. Nasceste para ser simples e pouco importa se não possuas mais. Não me preocupa com carro novo, nem com muito dinheiro no banco, nem  com casa de campo ou casa na praia. O importante para mim é que sempre soubestes ser grande no amor e na verdade. Fostes muito grande no ideal e maior, ainda, em tua fé. Olhei-te e vi que tinhas um pouco dos seres da terra e um pouco dos seres do céu. Continuei a te olhar e me lembrei de meu tempo de criança: descobri que era bom demais. Achei bom te ver diante de mim, como no espelho, ajeitando o rosto, acertando o cabelo. Fiquei orgulhoso de ter um pai-gente, um pai que nunca permitiu que me deitasse com os olhos marejados de pranto, temeroso ante a incerteza do amanhã, Ao contrário, sempre deu-me serenidade e a certeza do sucesso, a ponto de cantar aos ouvidos do mundo a minha ventura. Sou venturoso e devo a ti, meu querido velho, o que sou. Por isto, ao ver-te e verificar que tuas pálpebras jamais se cerraram sem que em tuas pupilas ficassem gravadas a minha imagem e a dos meus irmãos, sinto acender-se em meu coração, como uma estrela, o desejo de ser bom e de te fazer, no mundo, o mais feliz dos homens.

Um abraço, meu querido velho, Feiliz aniversário.

Idosos: Paciência e Compreensão

                A mensagem abaixo  foi enviada a algum tempo por Sander Salomão .
O comovente texto fala sobre como devemos ter paciência com os idosos.

      O idoso não quer pena, nem compaixão. Eles desejam as mesmas coisas que todos nós, crianças, jovens e adultos também queremos: atenção, carinho, respeito e uma chance que seja de demonstrar a capacidade de ser útil e produtivo.É lamentável que a maioria das pessoas não valorizem os mais velhos, deveriam lembrar que o tempo é implacável e não faz a menor distinção: chega para todos. Portanto, também chegará amanhã para os insensíveis de hoje. Os idosos merecem serem tratados com sensibilidade,  fraternidade, terem o seu valor reconhecido,  receberem amor e  respeito .

       Meu avô Said não está mais aqui, mais durante sua velhice ele teve a sorte de receber  amor, carinho e respeito de seus familiares e amigos.

     Você tem idosos em casa? Acredite isso é uma grande benção. Trate-os bem! Eles precisam do seu amor e carinho.

Quando um idoso cruzar seu caminho dê pelo menos um sorriso, uma palavra amiga,isso custa tão pouco e faz uma grande diferença para essas pessoas.
Não tenho mais meus avôs e quando perdemos essas pessoas maravilhosas é que percebemos o quanto nos fazem falta, pensamos que eles fizerem tanto por nós e muitas vezes fazemos tão pouco por eles e o tempo não volta atrás...
Vejam a bela mensagem e reflitam:

FILHO AMADO
idoso1
O DIA EM QUE ESTE VELHO NÃO FOR MAIS O MESMO, TENHA PACIÊNCIA E ME COMPREENDAS .











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Quando derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenhas paciência comigo e lembra-te das horas em que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas















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Se quando conversares comigo, eu repetir as mesmas histórias, que sabes de sobra como terminam, não me interrompas e me escute. Quando eras pequeno, para que dormisses, tive que te contar milhares de vezes a mesma estória até que fechasses os olhinhos.







_Idosos_desprotegidos_1_460151fd836c7  Quando estivermos reunidos e sem querer fizer minhas necessidades, não fiques com vergonha. Compreendas que não tenho culpa disso, pois já não as posso controlar. Penses, quantas vezes, pacientemente, troquei tuas roupas para que estivesses sempre limpinho e cheiroso.









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Não me reproves se eu não quiser tomar banho, sejas paciente comigo. Lembra-te dos momentos que te persegui e os mil pretextos que inventava pra te convencer a tomar banho.









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Quando me vires inútil e ignorante na frente de novas tecnologias que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário, e que não me machuques com um sorriso sarcástico.












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Lembra-te que fui eu quem te ensinou tantas coisas. Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem como hoje o fazes. Isso é resultado do meu esforço da minha perseverança.















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Se em algum momento, quando conversarmos, eu me esquecer do que estávamos falando, tenhas paciência e me ajude a lembrar. Talvez a única coisa importante pra mim naquele momento seja o fato de ver você perto de mim, me dando atenção, e não o que falávamos.













Imagem8Se alguma vez eu não quiser comer, saibas insistir com carinho. Assim como fiz contigo.
Também compreendas que com o tempo não terei dentes fortes, e nem agilidade para engolir.













idosos
E quando minhas pernas falharem por estar tão cansadas, e eu já não conseguir mais me equilibrar...
















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Com ternura, dá-me tua mão para me apoiar, como eu o fiz quando tu começastes a caminhar com tuas perninhas tão frágeis.


















idosos
E se algum dia me ouvires dizer que não quero mais viver, não te aborreças comigo. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com teu carinho ou com o quanto te amo.









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Compreendas que é difícil ver a vida abandonando aos poucos o meu corpo, e que é duro admitir que já não tenho mais o vigor para correr ao teu lado, ou para tomá-ló em meus braços, como antes.


















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Sempre quis o melhor para ti e sempre me esforcei para que teu mundo fosse mais confortável, mais belo, mais florido.





















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E até quando me for, construirei para ti outra rota em outro tempo, mas estarei sempre contigo e zelando por ti.


















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Não te sintas triste ou impotente por me ver assim. Não me olhes com cara de dó. Dá-me apenas o teu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando começastes a viver. Isso me dará forças e muita coragem.







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Da mesma maneira que te acompanhei no início da tua jornada, te peço que me acompanhes para terminar a minha. Trata-me com amor e paciência, e eu te devolverei sorrisos e gratidão, com o imenso amor que sempre tive por ti.










idoso1
Ass: Teu Velho

Quando Me Tornei Invisível

 

Imagem1Quantas vezes, até sem perceber, fazemos com os idosos o que o texto abaixo descreve. A velhice continua sendo abandonada pelas gerações mais jovens.

Os idosos necessitam de carinho mais do que alimento e água.

 

"Já não sei em que data estamos.
Nesta casa não há folhinhas e, em minha memória
tudo está revolto. As coisas antigas foram desaparecendo.
E eu também fui apagando sem que ninguém se desse conta.

Quando a família cresceu, me trocaram de quarto.
Depois, me passaram a outro menor ainda acompanhada
de minhas netas. Agora ocupo a edícula,
no quintal de trás.

Prometeram-me trocar o vidro quebrado da janela,
mas se esqueceram. E nas noites, por ali  sopra
um ventinho gelado que aumenta minhas dores reumáticas.

Um dia a tarde me dei conta que minha voz desapareceu.
Quando falo, meus filhos e meus netos não me respondem.
Conversam sem olhar para mim, como se eu não estivesse com eles.
Às vezes, digo algo, acreditando que apreciarão meus conselhos.
Mas não me olham, não me respondem. Então, me retiro para o meu
canto antes de terminar a caneca de café

O faço para que compreendam que estou enojada,
para que venham procurar-me e me peçam perdão…
Mas ninguém vem. No dia seguinte lhes disse:
- Quando eu morrer, então sim vão sentir minha falta
.
E meu neto perguntou:
- Estás viva, vovó? (rindo-se)
Estive três dias chorando em meu quarto,
até que numa certa manhã, um dos meninos entrou
a jogar umas rodas velhas…

Nem o bom dia me deu.
Foi então quando me convenci de que sou invisível.
Uma vez, os meninos vieram dizer-me que no dia seguinte
iríamos todos ao campo. Fiquei muito feliz.
Fazia tanto tempo que não saía!
Fui a primeira a levantar. Quis arrumar as coisas com calma.
Nos, os velhos tardamos muito, assim, me ajeitei a tempo
para não atrasá-los.
Em pouco tempo, todos entravam e saíam da casa correndo,
jogando bolsas e brinquedos no carro.

Eu já estava pronta e muito alegre.
Parei na porta e fiquei esperando.
Quando se foram, compreendi que eu não estava convidada.
Talvez porque não cabia no carro.
Senti como meu coração se encolhia, o queixo me tremia
como alguém que tinha vontade de chorar.
Eu os entendo. São jovens. Riem, sonham, se abraçam, se beijam.
E eu... Antes beijava os meninos, me agradava tê-los nos braços,
como se fossem meus. E, até cantava canções de berço que havia
esquecido. Mas um dia…

Minha neta acabava de ter um bebê.
Me disse que não era bom que os velhos beijassem
aos meninos por questões de saúde.
Desde então, não me aproximei mais deles.
Tenho tanto medo de contagiá-los!
Eu os bendigo a todos e os perdôo, porque...
que culpa eles têm, de que eu tenha me tornado invisível? "

Texto Original- "El dia que me volvi invisible"
autora-Silvia Castillejon Peral
Cidade do México-2002

 

Instantes


"Nossa missão na Terra dura até nosso último suspiro; portanto, até o último instante temos uma missão a cumprir. Sempre temos algo a fazer que ainda não foi feito, seja contar uma estória para alguem, desenhar, plantar uma arvóre. Para termos uma morte tranqüila é necessário termos uma vida tranqüila. Isso não quer dizer certinha, perfeita e, sim, que precisamos ter vivido com intensidade e consciência cada minuto que nos foi concedido." (Liriam Estephano )


"Instantes" é uma crônica escrita por Jorge Luiz Borges que fala sobre as coisas que realmente são importantes na vida e de como nos preocupamos com coisas sem importância e deixamos para depois muitas coisas das quais realmente gostamos até que quando nos damos conta de tudo isso a vida passou.


Lembro de meu avô lendo essa bela mensagem que ele gostava muito e argumentando que o que estava escrito é a mais pura verdade, o tempo passa e vamos adiando as coisas.


" Se eu pudesse novamente viver a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. Seria menos higiênico. Cometeria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e comeria menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida; claro que tive momentos de alegria. Mas se eu pudesse voltar a viver trataria somente de ter bons momentos. Porque se não sabem, disso é feito a vida, só de momentos; não percam o agora. Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas. Se voltasse a viver viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o final do outono. Daria mais voltas na minha rua, Contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas não tenho. Tenho 85 anos e sei que estou morrendo. "


Jorge Luiz Borges(escritor, poeta, tradutor, crítico e ensaísta argentino )

Pegadas na areia


Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e através do céu, passavam cenas da minha vida.
Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e o outro era do Senhor.

Quando a última cena passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso me aborreceu deveras e perguntei então ao Senhor:
- Senhor, Tu me disseste que, uma vez que resolvi te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o caminho. Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste sozinho.
O Senhor me respondeu:
- Meu querido filho. Jamais eu te deixaria nas horas de provas e de sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exatamente aí que eu te carreguei nos braços.
Uma das mensagens favoritas de Said Salomão

MERCADOR DE SONHOS


Vendo sonhos,

Sou o louco divino.

Sou como o destino.


Sou sonhos de viagens

em postais ilustrados

para usar com paisagens

de sábados.


“Quem quer ter um anel

com magia para o elevar

até uma lua de papel?

Quem quer ter uma casa

no topo de uma colina

com camas de roupa fina?

Quem quer ter uma mulher

com colo onde dormir

e mil bocas para descobrir?”


Mas há um preço de tragédia

em cada sonho que liberto.

O paraíso é um deserto.

Faz-me deste amor comédia

e da comédia faz poesia.


Tudo o resto me entedia.

O camelo adormece sob(re) a carga preciosa

e eu morro de fome e sede

em tons cor de rosa.


Um ladrão rouba-me os sonhos

e um fantasma segue-me de perto.


Vendo sonhos no deserto.


Alexandre Dale