A vida após a morte – por Victor Hugo


Meu avô, onde estires,espero que estejas bem, sorrindo e em paz como na foto, obrigada por tudo.

   Hoje, 19/03/2012 faz três anos que Said Salomão passou para o outro lado da vida. Escolhi um texto de Victor Hugo para Homenagear e lembrar meu avô.
     Quando morreu, no século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes em seu cortejo fúnebre, em plena Paris.
Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação.O genial literato deixou textos inéditos que,por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte.Um deles fala exatamente do homem e da imortalidade  e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras: 

A morte não é o fim de tudo.
Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra.
Na morte o homem acaba, e a alma começa.
Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto.
Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo?
Eu sou uma alma.
Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser.
O que constitui o meu eu, irá além.
O homem é um prisioneiro.
O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra. Coloca o pé em todas as saliências e sobe até o respiradouro.
Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspirar o ar livre, vê a luz.
Assim é o homem.
O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade.
Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?
Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo.
De que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?
A morte é uma mudança de vestimenta. A alma que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.
O mundo luminoso é o mundo invisível.
O mundo do luminoso é o que não vemos.
Os nossos olhos carnais só vêem a noite.
A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo.
É por demais pesado para esta terra.
Na morte o homem fica sendo imortal.
A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a Terra, pelo peso que faz nela.
A morte é uma continuação. Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.
As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz.
Aproximam-se cada vez mais de Deus.
O ponto de reunião é no infinito.
Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem.
Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito.
Victor Hugo – poeta, escritor e dramaturgo francês – viveu no século XIX

Sílvio Caldas - "As Pastorinhas" (1976)

Orlando Silva - A jardineira ( marchinha de carnaval - 1938 )

Carmen Miranda - "Mamãe Eu Quero" - 1940 (Down Argentine Way)

Dalva de Oliveira - Máscara negra ( marcha de carnaval - 1966 )

Dalva de Oliveira - Bandeira branca ( macha de carnaval - 1970 )-Machinha preferida de Said

Chiquinha Gonzaga - Abre alas ( marchinha de carnaval - 1939 )

Said Salomão e o Carnaval

Meu avô gostava da alegria do carnaval, me recordo de como  ele decorava sua camionete e levava os netos fantasiados para desfilar pela cidade. Ele gostava muito de machinhas, a  sua preferida era Bandeira Branca.

Abaixo algumas fotos que registram momentos de Said no Carnaval


Nas postagem seguintes algumas das machinhas preferidas de Said

Velhos Carnavais


Carnaval vem do latim carnelevament, modificado depois em carnevale! Quanto à origem, tem sido atribuído à evolução e à sobrevivência do culto de Ísis, dos festejos em honra de Dionísios, na Grécia, e até mesmo às festas dos "inocentes" e "doidos", na Idade Média, dando origem aos mais famosos carnavais dos tempos modernos.
No Brasil Colonial, e até nos primeiros tempos da República, o carnaval teria como principal nota característica o entrudo (do latim entroito, entrada), trazido de Portugal. Era uma brincadeira violenta, com uso de água, farinha-do-reino, fuligem, gema, cal, pó-de-sapato, alvaiade e vermelhão, que empapavam o transeunte. Em 1904, essa modalidade foi proibida, assumindo formas de maior leveza e graça, substituindo aqueles elementos por limões de cheiro e borrachas com água perfumada, além de bisnagas, precursoras dos lança-perfumes, feitas de metal e introduzidas em 1885. A brincadeira, desde a mais remota antiguidade, empolgava todos, inclusive os altos personagens do Império, que jogavam ovos podres e talos de hortaliças.
O entrudo envolveria até o Imperador Pedro II. O desfile de carros alegóricos teve início provavelmente em 1885, com o aparecimento do Congresso das Sumidades Carnavalescas. O primeiro baile de máscaras realizou-se em 1840. Esse baile foi seguido por inúmeros outros, de maior repercussão e afluência. Os bailes públicos tomaram conta das cidades, não só nos salões mas em lugares mais acessíveis ao povo.
No final do século XVIII, surgiram os blocos e os cordões, núcleos que se originariam nas duas mais vigorosas e típicas manifestações coletivas do carnaval de hoje, isto é, o carnaval de rua, os blocos e, sobretudo, as escolas de samba. A maior atenção do carnaval de rua sempre foi o desfile de carros alegóricos, com suas críticas e sátiras, adotando como temas de crítica os acontecimentos mais em voga da época.
A primeira música, especialmente composta para o carnaval, foi o "Abre-Alas", de Chiquinha Gonzaga, em 1899, composta para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, título alusivo ao presente enviado pelo Papa Leão XIII à Princesa Isabel, pela promulgação da Lei Áurea. No Brasil, ao contrário do que ocorre em outros países, o carnaval se caracteriza antes pela manifestação da euforia coletiva, do desabafo popular, do humor ingênuo das multidões que saem pelas ruas para cantar suas dores e alegrias, como se pode observar nos blocos caricatos.
Continua a crescer o prestígio do carnaval brasileiro em regiões que se valem de suas características locais para transformar os festejos momescos em acontecimentos de importância no calendário turístico internacional.

O carnaval antigo, feito de marchinhas e brincado sem excessos, sobrevive apenas em locais isolados e constitui uma exceção. Infelizmente, os festejos de Momo transformaram-se, para a maioria das pessoas, em pretexto para desregramentos de todas as espécies, terreno fértil para drogas, sexo promíscuo, vandalismo e ações irresponsáveis. 
"O povo é ou não é o dono da festa?"



Gravações originais de antigos carnavais. Clique na música!

Na floresta não existe nem rebanho, nem pastor
Quando o inverno caminha, segue seu distinto curso como faz a primavera
Os homens nasceram escravos daquele que repudia a submissão
Se ele um dia se levanta, lhes indica o caminho, com ele caminharão
Dá-me a flauta e canta!
O canto é o pasto das mentes,
e o lamento da flauta perdura mais que rebanho e pastor

Na floresta não existe ignorante ou sábio
Quando os ramos se agitam, a ninguém reverenciam
O saber humano é ilusório como a cerração dos campos
que se esvai quando o sol se levanta no horizonte
Dá-me a flauta e canta!
O canto é o melhor saber,
e o lamento da flauta sobrevive ao cintilar das estrelas

Na floresta só existe lembrança dos amorosos
Os que dominaram o mundo e oprimiram e conquistaram,
seus nomes são como letras dos nomes dos criminosos
Conquistador entre nós é aquele que sabe amar
Dá-me a flauta e canta!
E esquece a injustiça do opressor
Pois o lírio é uma taça para o orvalho e não para o sangue

Na floresta não há crítico nem sensor
Se as gazelas se perturbam quando avistam companheiro, a águia não diz: ‘Que estranho’
Sábio entre nós é aquele que julga estranho
apenas o que é estranho
Ah, dá-me a flauta e canta!
O canto é a melhor loucura
e o lamento da flauta sobrevive aos ponderados e aos racionais

Na floresta não existem homens livres ou escravos
Todas as glórias são vãs como borbulhas na água
Quando a amendoeira lança suas flores sobre o espinheiro,
não diz: ‘Ele é desprezível e eu sou um grande senhor’
Dá-me a flauta e canta!
Que o canto é glória autêntica,
e o lamento da flauta sobrevive ao nobre e ao vil

Na floresta não existe fortaleza ou fragilidade
Quando o leão ruge não dizem: ‘Ele é temível’
A vontade humana é apenas uma sombra que vagueia no espaço do pensamento,
e o direito dos homens fenece como folhas de outono
Dá-me a flauta e canta!
O canto é a força do espírito,
e o lamento da flauta sobrevive ao apagamento dos sóis

Na floresta não há morte nem apuros
A alegria não morre quando se vai a primavera
O pavor da morte é uma quimera que se insinua no coração
Pois quem vive uma primavera é como se houvesse vivido séculos
Dá-me a flauta e canta!
O canto é o segredo da vida eterna,
e o lamento da flauta permanecerá após findar-se a existência

Gibran Khalil Gibran

Quem es tu?

Ainda ontem pensava que não era
mais do que um fragmento trémulo sem ritmo
na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera,
e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.

Eles dizem-me no seu despertar:
" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia
sobre a margem infinita
de um mar infinito."

E no meu sonho eu respondo-lhes:

"Eu sou o mar infinito,
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."

Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"

Gibran Khalil Gibran

Olhando o jardim alheio

“Daí ao tolo mil inteligências, e ele não quererá senão a tua”, diz o provérbio árabe. Começamos a plantar o jardim da nossa vida e, quando olhamos para o lado, reparamos que o vizinho está ali, espiando. Ele é incapaz de fazer qualquer coisa, mas gosta de dar palpites sobre como semeamos nossas ações, plantamos nossos pensamentos, regamos nossas conquistas.
Se dermos atenção ao que ele está dizendo, terminaremos trabalhando para ele, e o jardim de nossa vida será idéia do vizinho. Terminaremos esquecendo a terra cultivada com tanto suor, fertilizada por tantas bênçãos.
Esqueceremos que cada centímetro de terra tem seus mistérios, e que só a mão paciente de um jardineiro é capaz de decifrar. Não iremos mais prestar atenção ao sol, a chuva, e as estações, ficaremos apenas concentrados naquela cabeça que nos espia por cima da cerca.
“O tolo que adora dar palpites sobre o nosso jardim, jamais cuida de suas plantas”.

Palestina: História de Uma Terra - Completo - Português

A morte não é nada


“A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.
Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.
A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?
Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho…
Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi.”
Santo Agostinho

Prendam os torturadores da Síria




É difícil relatar isso, mas até mesmo membros da Avaaz estão sendo torturados pelo regime monstruoso da Síria. Manhal* nos contou que foi detido em uma prisão secreta, onde removeram suas unhas dos pés e das mãos e eletrocutaram partes de seu corpo. "Eu vi a morte e fui torturado até quase morrer," ele nos contou. Mas se agirmos agora, podemos fazer do sacrifício de Manhal a última gota para o mundo se virar contra o regime de Assad. 

Os observadores da Liga Árabe falharam em impedir a repressão brutal, mas a pressão sobre Assad está aumentando. A Avaaz recentemente publicou um relatório terrível revelando a escala das unidades de detenção da Síria, incluindo o que fizeram com Manhal. Se criarmos uma pressão global massiva agora, podemos forçar governos-chave a confrontarem os horrores citados nesse relatório e acelerarem o fim de Assad

Assine a petição à direita e quando chegarmos a 500.000 assinaturas, entregaremos-na junto com o relatório da Avaaz para a Liga Árabe e para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, exigindo que eles levem Assad até à Corte Penal Internacional para ser julgado por crimes contra a humanidade.

* - “Manhal” é um pseudônimo para proteger a identidade do ativista.
Vamos aumentar a pressão sobre o único país que tem protegido Assad e bloqueado a ação internacional: Rússia. 

http://www.avaaz.org/po/arrest_syrias_torturers/?copy


Use as ferramentas abaixo para contatar líderes russos diretamente por telefone, email e Twitter
. Se enviarmos uma mensagem esmagadora para a Rússia de que o mundo não vai aceitar suas obstruções, poderemos fazer com que a ONU aja rapidamente e ajude a parar com o derramamento de sangue. 

Acesse o relatório da Avaaz que documenta os crimes contra a humanidade no link abaixo. Se todos nós encaminharmos esse documento para os líderes russos, eles não vão poder ignorar essa evidência pungente. 

http://avaazimages.s3.amazonaws.com/DetentionCentresinSyria.pdf