Língua árabe

Segundo os historiadores, o idioma árabe era apenas falado no início, não era escrito. Originou-se na Arábia (atual Arábia Saudita), mais precisamente no sul, onde está atualmente a República do Iêmen.A língua árabe contém vinte e oito letras, das quais, algumas não se traduzem para outros idiomas, em virtude das próprias fonéticas. Vale ressaltar que a língua árabe se escreve da direita para a esquerda, e não pode ser escrita com letra de formam as palavras são ligadas por letras minúsculas.Pesquisadores afirmam também que durante milhares de anos, ela foi desenvolvendo-se, aperfeiçoando-se até a forma atual, cuja perfeição máxima estaria contida no Sagrado Alcorão. Esse idioma é mantido através do Islã, que constitui o mundo árabe da forma como é conhecida atualmente. Quando os muçulmanos dominaram a maior parte do mundo antigo (Ásia, Europa e África), a língua falada ressentiu-se com a fusão de outros idiomas; daí, a razão da existência de vários sotaques no mundo árabe. Cada país praticamente, hoje tem um árabe chamado popular, pois é falado, nas ruas, nas feiras, no dia a dia do cidadão, e o árabe clássico. O árabe clássico, comum a todos os países, é usado nos meios de comunicação, nas escolas, é a forma gramatical mais correta.Diversos estudos apontam a influência do idioma árabe sobre a língua portuguesa, como mostram os trechos abaixo:“A língua portuguesa é uma língua neolatina, formada da mistura de muito latim vulgar e mais a influência árabe e das tribos que viviam na região. Apesar de ter sua origem altamente conectada a outra língua (o galego), o português é uma língua própria e independente. Apesar da influência dos tempos tê-la alterado, adicionando vocábulos franceses, ingleses, espanhóis e únicos, ela ainda tem sua identidade única, apesar de não ter a força que tinha no seu ápice, quando era quase tão difundida como agora é o inglês”.“Não é por acaso que inúmeros idiomas sofreram a influência da cultura árabe, inclusive o português. Situados a meio caminho entre Ocidente e Oriente, e estimulados por uma religião que incentiva seus seguidores a procurarem pelo mundo as manifestações divinas, os povos árabes tiveram papel fundamental no recolhimento, na interpretação e na transmissão até nossos dias das principais obras tanto da Grécia Clássica como da China e da Índia .A obra de Aristóteles, por exemplo, chegou aos nossos dias graças ao filósofo maghrebino Ibn Rushd (Averróes); já os textos de Ibn Sînâ (Avicena) sintetizaram as idéias de Platão e Aristóteles. Os próprios algarismos foram desenvolvidos na Índia, mas chegaram ao Ocidente como fruto do interesse dos árabes pelas ciências e pela cultura de outros povos. Durante séculos, obras de inúmeras culturas foram traduzidas para o árabe, que por isso (e com isso) evoluiu e acabou por ostentar depois o papel de língua culta preferida pelos pensadores de várias épocas. Mesmo instrumentos como a bússola e o astrolábio, ou o papel chinês, só chegaram ao Ocidente por meio dos povos árabes.”Segundo o professor de língua portuguesa Cláudio Moreno, os árabes, na sua permanência de sete séculos na Península Ibérica, contribuíram para o léxico do Português e do Espanhol com centenas de vocábulos. Um grande número dessas palavras começa pela letra "A": almôndega, alfândega, almofada, açougue, açúcar, açude, aldeia, alface, algema, algodão, alicerce, alvará, alquimia, arrabalde, alfaiate, arroz, azeite, entre muitas outras. A razão disso é que "al" é o artigo definido do Árabe e nossos antepassados incorporaram essa partícula nas palavras que ouviam, sem ter a consciência de sua natureza de artigo. Isso fica claro quando comparamos nosso "A çúcar" e nosso "AL godão" com o sugar e o cotton do Inglês, o sucre e o coton do Francês, e o zucchero e o cotone do Italiano, línguas que nunca estiveram em contato direto com os povos árabes.

Colaboração do Theodoro

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