O que significa ser árabe?

beduinos
        Os árabes são um povo heterogêneo que habita principalmente o Oriente Médio e a África setentrional, originário da península arábica constituída por regiões desérticas. As dificuldades de plantio e criação de animais fizeram com que seus habitantes se tornassem nômades, vagando pelo deserto em caravanas, em busca de água e de melhores condições de vida. A essas tribos do deserto dá-se o nome de beduínos.
Existem três fatores que podem ajudar, em graus diversos, na determinação se um indivíduo é considerado árabe ou não:
políticos: se ele vive em um país membro da Liga Árabe (ou, de maneira geral, no mundo árabe); essa definição cobre mais de trezentos milhões de pessoas.
lingüísticos: se sua língua materna é o árabe; essa definição cobre mais de duzentos milhões de pessoas.
genealógicos: Pode-se traçar sua ascendência até os habitantes originais da península arábica
O significado do termo "árabe"
Segundo uma explicação, a palavra "árabe" significa "claro"; claro como em compreensível, não como em puro. Os idosos beduínos ainda utilizam esse termo com o mesmo significado; àqueles cuja língua eles compreendem (p. ex., falantes árabes) eles chamam árabe, e àqueles cuja língua é desconhecida deles eles chamam ajam (ajam ou ajami). Na região do Golfo pérsico, o termo ajam é freqüentemente empregado para se referir aos persas.
Outra explicação deriva a palavra Árabe de uma outra linha: `.R.B., com uma alternativa metastática `.B.R., ambas significando viajando pelas terras, isto é, nômade. Desta raiz derivam os termos árabe e hebreu, significando nômades.
arabe_mapa
Mundo árabe
(em árabe: العالم العربي, transl. al-'Alam al-'Arabi) é uma expressão que se refere ao conjunto de países que falam o árabe e se distribuem, geograficamente, do oceano Atlântico, a oeste, até o mar arábico, a leste, e do mar Mediterrâneo, a norte do Corno de África, até o nordeste do oceano Índico. Consiste de 21 países e territórios, com uma população de 325 milhões de pessoas em dois continentes (Ásia e Africa).
O chamado Mundo Árabe é apenas uma península localizada entre o Mar Vermelho, o oceano Indico e o golfo Pérsico. E formado pelos países do Oriente Médio e da África do Norte. Atual Arábia Saudita, Iêmen, Omã e Emirados.
O mundo Árabe, porém é um vasto conjunto cultural. Uma região muito conflituosa. O mundo Árabe faz parte do mundo muçulmano, pois o islamismo é a religião predominante nos países Árabes. Mas o mundo Árabe se define pela língua, não pela religião porque existem diversas minorias religiosas.
O Mundo Árabe é composto por 22 países, na África e Golfo Árabe (Oriente Médio). Estes países são: Argélia, Arábia Saudita, Bahrain,Comoros, Djibuti, Egito, Emirados Arábes Unidos, Iémen, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, líbia, Marrocos ,Mauritânia, Oman, Palestina, Qatar, Síria, Somália, Sudão e Tunísia.
Legenda: Ásia     África    Ilhas
Países do Mundo Árabe e suas Capitais
clip_image002Argélia  –   الجزائر  /Al-Jazaíir/  -  capital: Cairo  -  الجزائر  /Al-Jazaíir/
clip_image004Kuwait -  الكويت  /Al-Kuait/  -  capital: Cidade do Kuwait –   الكويت  /Al-Kuait/
clip_image006Egipto  -  مصر /Miṣr/  -  capital: Cairo  -  القاهرة   /Al-Qahíra/
clip_image008Oman -  عمان  /Umān/  – capital: Moscate  -  مسقط  /Musqhat/
clip_image010Iéman – اليمن /Al-Yaman/ – capital: Sanaa  – صنعاء  /Sana’a/
clip_image012Tunísia – تونس  /Tuniss/  -  capital: تونس  /Tuniss/
clip_image014Emiratos Arabes Unidos – الإمارات العربية المتحدة /al-Imārāt al-‘Arabīyah al-Muttaḥidah/ – capital: Abu Dabi – أبو ظبي‎ /Abu D(z)abi/
clip_image016Comoros – القمر /Al-Qumur/ – Capital: Moroni – موروني /Murunii/
clip_image018Síria – سوريا /Suria/ – Capital: Damasco – دمشق /Dimasq/
clip_image020Sudão – السودان /AsSudan/ – Capital: Cartum – الخرطوم /AlRrurtun/
clip_image022Somália – الصومال /AsSumal/ – Capital: Mogadiscio – مقديشيو /Muqdishiu/
clip_image024Arábia Saudita – السعودية /AsSáaudia/ – Capital: Riade – الرياض /ArRíad/
clip_image026Quatar – قطر /Qhatar/ – Capital: Doha – الدوحة /AlDuhaa/
clip_image028Palestina – فلسطين /Filsstine/ – Capital: Jerusalém – القدس /AlQuds/
clip_image030Marrocos – المغرب /AlMagreb/ – Capital: Rabat – الرباط /AlRabatt/
clip_image032Mauritânia – موريتانيا /Mauritania/ – Capital: Nouakchott – نواكشوط /Nuakchutt/
clip_image034Líbia – ليبيا /Libia/ – Capital: Tripoli – طرابلس  /Tarabuluss/
clip_image036Líbano – لبنان /Lubnan/ – Capital: Beirute – بيروت /Beirut/
clip_image038Jordânia -الأردن /AlUrdun/ – Capital: Amman – عمان /Áaman/
clip_image040Iraque – العراق /AlAraqh/ – Capital: Bagdad – بغداد /Ba(gr)dad/
clip_image042Djibouti – جيبوتي /Jibuti/ – Capital: جيبوتي /Jibuti/
clip_image044Barein – البحرين /AlBarein/ – Capital: المنامة /AlManama/


Os Árabes influenciaram o mundo com sua cultura, passando conhecimentos tais como Aritmética Arquitetura, Medicina, Agricultura, astronomia, Filosofia e literatura. E muito complexo este mundo, é complicado mesmo e este  já é um bom começo para entender este mundo que está intricado em todo o resto do mundo, ou seja no planeta.

Fontes:Observatório Árabe e ABC do Mundo árabe

Zaatar: Za'atar

clip_image001
Zaatar: Za'atar
(em árabe زعتر; em hebraico: זעתר), também zátar ou zaatar, é uma mistura de especiarias usada como condimento e originária do Oriente Médio. condimento salgado da culinaria arabe e libanesa, é uma mistura de folhas verdes de tomilho, secas e moídas, com sementes de gergelim e summac. O zaatar, ou zahtar, não é apenas uma especiaria, mas uma mistura de temperos. Zaatar é o termo árabe para tomilho, que é o ingrediente primário da mistura. A combinação de sabor pungente também inclui sumagre moído e sementes de gergelim torrado. Bastante popular no Oriente Médio, o zaatar pode ser encontrado em muitos supermercados e lojas especializadas, assim como na internet. É fácil incorporar seu sabor aromático à suas próprias receitas. Experimente misturá-lo ao azeite de oliva, respingando a mistura sobre pão árabe torrado ou qualquer outro pão aquecido.
O zaatar pode dar vida ao hummus, transformando a coalhada básica em um saboroso patê. Você pode até mesmo adicionar uma pitada do tempero picante a uma receita tradicional de almôndegas, uma travessa de legumes cozidos ou um prato de ovos fritos.

Especiarias de origem árabe

Como contribuição dos árabes no tocante à gastronomia, temos plantas e especiarias que estão definitivamente incorporadas em toda a culinária do Ocidente.  Valiam quase que seu peso em ouro e deram origem às grandes navegações nos séculos XV e XVI.

 

 

clip_image001
AÇAFRÃO

O nome vem do árabe zafaran, que significa amarelo. São pistilos secos  que são colhidos manualmente dos estigmas de flores de uma variedade de Crocus sativus, uma planta da família das Iridáceas. O pistilo seco da planta açafrão é a especiaria mais cara do mundo. São necessárias 200 mil flores, ou 600 mil pistilos, para se obter um quilo. Encontrado a granel, o açafrão tem cor amarelo-alaranjada.No entanto, continua a ser regularmente usada na culinária. O açafrão pode ser utilizado para colorir bolos, todavia ele é indispensável para pratos picantes, aves, borrego e peixe, em especial, a bouillabaisse (caldeirada de peixe francesa). A cor espetacular que dá aos alimentos é outra das suas virtudes.  Originário do Oriente, foi introduzido na Espanha pelos Árabes em torno do ano 900.

Os egípcios cultivavam o açafrão como planta sagrada. Em vários murais da Antigüidade, ele aparece em cerimônias religiosas sendo ofertado ao deus Sol.

Os babilônios usavam-no para fabricar essências aromáticas, enquanto na Grécia era empregado como tintura para os cabelos. Os antigos assírios usavam o açafrão para fins medicinais. Ele aparece listado no papiro médico de Thebes (1552 a.C.). Constantino presenteava o bispo de Roma com especiarias, incluindo o açafrão.

Não se pode confundir este açafrão, com o açafrão-das-índias mas popular entre nós,a cúrcuma, chamada no Brasil de açafrão da terra.

clip_image003

açafrão das índia

 

 

clip_image004

COENTRO (CORIANDRUM SATIVUM)
Originário do sul da Europa e do Oriente Médio, o coentro é popular nas cozinhas do mundo todo. Todas as partes são usadas: folhas, sementes e raiz. Está presente na culinária da Índia e do Sudeste Asiático, China, Oriente Médio, México, América do Sul, no Norte e no Nordeste do Brasil. As sementes têm sabor adocicado e um toque amargo que lembra o da casca de laranja. Eram utilizadas pelos hebreus para aromatizar bolos e para conservar carnes entre os romanos. Egípcios e chineses achavam que elas conferiam imortalidade e, entre os árabes, tinham fama de afrodisíacas. O coentro é uma das especiarias que compõem o curry (caril) indiano.

Bastante parecido com a salsa, mas com odor característico e um leve sabor de limão, o coentro é encontrado à venda em folhas frescas. No entanto, a cozinha internacional prefere o coentro em grãos ou em pó, formas que não são muito usuais entre nós. Os grãos nada mais são do que as sementes da planta adulta, colocadas para secar e depois usadas inteiras ou moídas. As folhas de coentro têm um sabor muito característico e forte, que, apesar de vir da mesma planta, é totalmente diferente do sabor de sua semente, muito mais delicado.

Os antigos romanos usavam o coentro em poções do amor. Existe o registro de sua existência desde 1552 a.C., no papiro de Thebes.

clip_image005

Usos
Use a semente inteira de coentro em ponches, picles, doces e café para depois das refeições. A semente triturada é usada na preparação de doces, bolachas, pão de gengibre, lentilha e legumes, torta de maçã, pãezinhos doces, waffles, pudim de arroz e de pão, (especialmente bom para recheio em pão de tâmara), molho de maçã, frutas assadas, calda de frutas, assado de carneiro ou carne de vaca,recheio para aves, caças e molhos para carnes. Suas folhas vão muito bem em peixes, saladas e molhos de salada.

 

clip_image006

COMINHO (CUMINUM CYMINUM)
Planta originária do Oriente e cultivada no Egito e nos países mediterrâneos desde tempos remotos.

A especiaria vem da semente dessa planta, que cresce até 30 cm de altura e tem flores que vão desde a cor de malva até o branco. Necessita apenas de um clima quente e estável para florescer.

CURIOSIDADES
Na antiga Roma, o caminho era utilizado como substituto da pimenta do reino em grão, e também era moído e transformado numa pasta para espalhar sobre o pão. O óleo extraído de suas sementes é utilizado pela indústria de perfumaria. Segundo Plínio, seus discípulos usavam-no para acentuar a palidez, de forma a fazê-lá acreditar que estavam sobrecarregados de trabalho. Foi utilizado como conservante de comida pelos antigos gregos e romanos. Médicos babilônicos e assírios usavam-no em remédios.

Encontrado em pó ou em grão, o caminho é empregado no preparo de pães, queijos e licores (o famoso kümmel alemão é um deles). Na cozinha alemã, é ingrediente indispensável no preparo do chucrute, do pão de caminho e da vinha-d'alhos para cogumelos.

Os celtas usavam suas sementes para condimentar peixes e, no Império Romano, servia como digestivo para os fartos banquetes e como substituto da pimenta em grão. Uma de suas variedades, conhecida como cominho-negro, cresce no Irã e no norte da Índia.

 

clip_image007

HORTELÃ (MENTHA VIRIDIS)
Também conhecida como menta, a hortelã é uma planta aromática de cheiro puro, refrescante e de sabor intenso. As suas variedades podem vir do sul e do centro da Europa, do Oriente Médio e do centro da Ásia.

Por séculos, os árabes tomaram chá de hortelã como estimulante para sua virilidade e em momentos sociais. Foi uma importante erva para os antigos egípcios, gregos e romanos. Era freqüentem ente mencionada por Hipócrates e Plínio por seu alto valor medicinal, além de ser um excelente aro matizado r em perfumes.

As diversas variedades de hortelã  podem ser utilizadas tanto em pratos doces quanto em pratos salgados e há muitas receitas em que se pode empregar mentas de todas as espécies.

O grande número de espécies dessa planta leva à confusão, embora, felizmente, existam várias com aroma semelhante que podem ser usadas como alternativa.

Usos
Embora o hortelã fresco seja usualmente preferida, o hortelã seco é muito usada em pratos do Oriente Médio, É ingrediente indispensável do tabule, prato à base de trigo típico da cozinha árabe. É o principal tempero do kebab (cordeiro grelhado) e do quibe árabe.  A hortelã seca é usada para temperar coalhadas e rechear pastéis e legumes como berinjela, pimentão e tomate.

No Brasil as espécies mais conhecidas são hortelã-de-cozinha,  hortelã-pimenta e poejo. Acredita-se que a hortelã possua propriedades analgésicas, anti-sépticas, antiinflamatórias, desodorantes, digestivas, refrescantes e descongestionantes.

 

clip_image008

PÁPRICA (CAPSICUM ANNUUM)
A páprica é uma das três especiarias mais populares do mundo. Há duas versões para a sua criação. Uma dá conta que ela é nativa da América Central e foi levada à Europa pelos exploradores. A outra, acredita que foram os espanhóis que levaram e difundiram na América a técnica de produção e o gosto pela especiaria.

clip_image009É um pó avermelhado obtido a partir da maceração de uma variedade de pimentão doce, originário da Europa. Existem dois tipos de páprica no mercado brasileiro, a doce, mais delicada, e a picante. A melhor páprica é a rosa (doce), da região húngara de Szeged, e as espanholas de Jarandilla e do vale do rio Vera. Nos países árabes, faz parte do baharat, uma mistura feita com pimenta preta, chiles e páprica a base picante da mistura, noz-moscada, cravo, canela e cardamomo a base aromática, cominho e coentro.

 

 

clip_image010
TOMILHO SECO

Usado como tempero em saladas, na coalhada seca ou acrescido de azeite de oliva e sal e comido com pão Árabe.Acredita-se haver cerca de cem espécies de tomilho, mas apenas três têm fins culinários. Largamente usado na Grécia, começou a ser usado também nos países mediterrâneos.Médicos assírios e químicos reconheceram as propriedades medicinais do tomilho, usado para fumigações e também para dar sabor ao queijo e licor pelos antigos gregos e romanos.

Fontes: Brasserie Victória, Chef Fernando Villas Bôas e Wikipédia

Pimentas Usadas na Culinária árabe

clip_image001
HARISSA
É uma mistura de sete diferentes pimentas da Tunísia. O condimento vindo do Oriente Médio é um purê muito apimentado, resultante do esmagamento de pequenas malaguetas, pimenta de Caiena, azeite, alho, coentro, cominho, além de menta e verbena secas.
Costuma acompanhar as refeições em todos os países de África do Norte (Argélia, Marrocos, Tunísia...), e mais especialmente o famoso couscous. Compra-se harissa vendida em frasquinhos nas lojas orientais, mas ainda fica melhor feita em casa.

clip_image001[5]
PIMENTA DA JAMAICA
Diferente das outras pimentas, tem sabor suave e perfumado.
Também chamada de pimentão ou pimentão da jamaica e nativa do Hemisfério Ocidental, é a única e principal especiaria produzida exclusivamente naquela área. Descoberta por Colombo em 1494, mas não reconhecida como especiaria à época, foi introduzida na Europa no início do século 17.
É o fruto quase maduro de uma árvore sempre verde da família myrtle; os frutos são secos ao sol até ficarem de cor marrom avermelhada. Encontrada moída e inteira, seu sabor lembra uma mistura de cravos, canela e noz-moscada e intensifica-se na comida com o tempo.
É uma árvore muito aromática, atinge até 9 metros de altura e tem flores brancas. As bagas da pimenta da jamaica são, em média, o dobro do tamanho da baga da pimenta do reino; são de cor verde antes de amadurecerem. As árvores cultivadas crescem no que se chama uma "alameda condimentada" e, quando estão floridas, enchem o ar de um perfume que emana das suas aromáticas folhas, casca, flores e sementes.Suas propriedades preservativas foram muito valorizadas no século 17, por manter em condições de consumo tanto o peixe quanto a carne, após longas viagens.
A pimenta da jamaica apresenta um uso versátil. Inteira, pode ser empregada em sopas, assados, assados de panela, molhos, marinadas, bebidas, beterraba em conserva, conservas, frutas assadas e em ponches; peixes ou frutos do mar. Moída, pode ser adicionada a bolos, bolachas, doces, coberturas, pudins de ameixa, tortas de frutas, carnes, frutas, assados, assados de panela. Ingrediente do tempero sírio ba-har.


clip_image002
PIMENTA SÍRIA (BHAR OU BAHARAT)
Mistura de especiarias moídas, tais como: Pimenta da Jamaica, Pimenta do Reino preta e branca, Canela, Noz Moscada e Cravo.Utilizada na preparação de pratos árabes como kibe cru, frito ou de bandeja, carnes, aves e recheio para esfiha.

Os sabores da culinária Árabe

Destacam-se ainda alguns produtos da culinária árabe, que não são comuns em nossas cozinhas, mas  que são extremamente apreciados no Oriente:
clip_image001[9]
ALMÍSCAR , Misque (Miski ou Mistika):
Espécie de resina vegetal de cor clara originária da árvore Pistacchia lenticus, de sabor forte e muito utilizada para aromatizar doces e bebidas. É um aromatizante usado em muitas receitas árabes, vendido normalmente na forma de pequenos cristais de cor branca ou amarelada,que devem ser trituradas para compor os pratos. Pode ser encontrado em lojas de especialidades árabes.

clip_image001[10]
ÁGUA DE FLOR DE LARANJEIRA (MAÉ ZAHAR)
Essência típica da culinária sírio-libanesa, é utilizada para aromatizar vários doces,como o roz bhalib (creme de arroz e leite).

clip_image002[4]
ÁGUA DE ROSAS (MA'WARD)
Líquido bastante perfumado, extraídos de rosas e utilizados em doces e caldas.


clip_image004clip_image005
CARDAMOMO (HÂL)
Sementes utilizadas secas no café.O cardamomo  é uma especiaria aromática de sabor adocicado, refrescante e picante, levemente parecido com o limão. No mundo árabe, estas sementes são companhia inseparável do café.O café árabe não é coado, espera-se a borra sentar no fundo para servir. O truque é abrir a cápsula onde estão as sementes momentos antes de adicioná-las à bebida para preservar o seu aroma, que se perde rapidamente. O cardamomo vem de uma planta originária de Malabar, no sudoeste da Índia, e seus frutos contém cápsulas alongadas ou redondas que protegem cerca de 20 sementes.
Mesmo sendo desconhecida no Brasil, a especiaria é amplamente utilizada na gastronomia indiana, árabe e chinesa. Os melhores frutos são os provenientes da Índia e da Guatemala. Mas, atenção: trata-se de uma das especiarias mais caras da cozinha, ao lado do açafrão e da baunilha.

clip_image006
ESSÊNCIA DE ROMÃ (DIBS RUMMAN)
Xarope de suco de romã, utilizado em substituição ao limão.


clip_image003[6]
PISTACHE
O pistache ou pistáchio (Pistacia vera) pertence a família da Anacardiaceae e gênero Pistacia. Tanto a árvore quanto o fruto seco verde possuem essa denominação. É uma árvore de folha caduca e pequena (5 a 7 m de altura, e que tende a inclinar-se) com folhas pinadas dióicas, nativa do sudoeste asiático (Ásia Menor, Irão, Síria e Palestina),É uma castanha com semente verde-clara, comum no Mediterrâneo, é empregada em doces e pratos salgados.
Geralmente, quanto mais escura a tonalidade do verde, amis apreciado são suas sementes.
Sua Historia sempre esteve ligada ao luxo e requinte. Nos relatos antigos era considerado um fino aperitivo e muito apreciado entre os nobres. Evidencias arqueológicas na Turquia e na Síria mostram que as sementes do pistache eram usadas como alimento desde 7000 a.C..
Os faraós do antigo Egito adoravam usar um perfume chamado Kyphi. O historiador grego Plutarco dizia que ele tinha o poder de relaxar e trazer bons sonhos. Uma curiosidade era a presença do pistache como ingrediente do tal perfume. Já Sheba, rainha da Assíria, monopolizou toda sua produção para seu prazer e a de seus admiradores. Outras lendas diziam que os amantes encontravam-se a luz do luar, embaixo das arvores, só para escutarem o estalo dos pistaches, pois acreditavam que dava sorte.
Na Itália, chamado de pistacchino, o nobre alimento foi introduzido pelos sírios no inicio do século I. A partir dai seu cultivo disseminou-se para outros países do Mediterrâneo.
Rico em lipídios e minerais, o pistache contem fibras, proteínas, vitaminas, além de poliinsaturados. Ele pode ser encontrados em delicatessens e casas especializadas em alimentos de culinária árabe, pois não é cultivado no Brasil. Entre os maiores produtores encontram-se o Irã e a Turquia, seguidos da Síria, Índia e Grécia.
De sabor suave e delicado o pistache pode ser servido como aperitivo antes das refeições.
O pistache oferece  vitamina B6. Esse nutriente ajuda na formação de neurotransmissores como a serotonina, que só traz bem-estar. O ideal é consumir 1,3 miligrama por dia.

clip_image004
SNOUBAR
Sementes de uma espécie de de pinheiro, Pinus pinea, nativo da região do Mediterrâneo. É conhecido também como pignoli e usado no preparo de massas, esfihas, charutos recheados, coalhadas e algumas sobremesas. A árvore precisa de cem anos para começar sua produção. Usado em ocasiões festivas nos recheios e decorações de pratos.


clip_image005[4]
SUMMAC (RHUS CORIORIA)
Pó vermelho e ácido extraído das frutas da planta sumagre. Acelga recheada e tabule são alguns dos pratos preparados com este tempero. Sumak (Rhus corioria)
Também conhecido como sumac ou sumagre, este pó tem gosto ácido de fruta silvestre. Vem das folhas vermelhas de um arbusto que cresce nas montanhas do Líbano. Enquanto no Ocidente é considerada apenas ornamental, os cozinheiros do Oriente Médio usam muito as espigas que a planta produz. Por ser amarga, foi usada pelos romanos antes de os limões terem chegado à Europa. É usada para temperar saladas e pastas, só para pratos frios por ter o gosto parecido com o do limão. Misturada com iogurte e ervas, tem um sabor leve e refrescante. Se misturada com azeite, pode servido com pão como aperitivo. É um dos ingredientes do zahtar.

clip_image006[4]
TAHINE
Pasta espessa feita com sementes de gergelim, utilizada na culinária do Oriente Médio. É empregada como tempero, em molhos, pastas e doces.Ele pode ser comprado fresco, enlatado, em jarra ou desidratado. Existem duas variedades de tahine: feita com sementes descascadas de gergelim ou sementes integrais (não-descascadas). Este último é bastante mais amargo, mas em compensação, possui maior quantidade de vitaminas, cálcio e proteínas.Para quem não conhece, o Tahine tem gosto levemente salgado, muito parecido com o sabor de amendoim e bastante cremoso. Acredita-se que as sementes de gergelim são uma das especiarias mais antigas da civilização.Uma pasta feita com gergelim, rica em cálcio, proteínas e vitaminas.
Fontes: Brasserie Victória e Comunidade Sírio-Libanesa

Contribuições Culturais dos Árabes

Comida Quando se fala na contribuição cultural dos árabes normalmente se pensa na culinária, já que com o aumento das cadeias de fast-food nos grandes centros urbanos a população  se aproximou do quibe, da esfiha, do tabule e da coalhada seca, que antes eram comidas restritas aos restaurantes típicos. A popularização, sobretudo do quibe e da esfiha, fez com que fossem incorporados a outros locais de alimentação, como as  pastelarias , e mesmo bares, lanchonetes e padarias  brasileiros.
Mais a influência árabe vai muito além da comida, que sem dúvida é muito saborosa.


arroz_1 Os árabes introduziram novas técnicas agrícolas e de produtos orientais na Europa: cana-de-açúcar,  tâmara, amora;
Os árabes trouxeram para o Brasil, a Laranja, o Limoeiro, o Arroz. A Plantar Uvas; Figos; imensas áreas de Maçãs; a Regar;a fazer hortas de Verduras; e Talhões de Legumes.










racas_arabe  Contribuíram para o aprimoramento da pecuária, com a criação de cavalos andaluzes e de carneiros. Conta a lenda que o cavalo árabe originou-se quando "Alah" disse ao Vento Sul: "Transforma-te em carne sólida, pois de ti farei uma nova criatura, para honra de meu sagrado senhor". Por ter vivido por muito tempo em condições adversas no deserto, o cavalo árabe tornou-se uma animal rústico, mas muito dócil e dedicado, pois compartilhava das tendas dos beduínos durante as tempestades. Tempos atrás, as éguas eram mantidas como parte da família e alimentadas com tâmaras e leite de camelo. As fêmeas sempre foram preferidas na seleção da raça, por serem mais calmas e quietas.
Na beleza introduziram a pintura das unhas e  os Contornos dos olhos;
   Deve-se aos árabes o desenvolvimento dos estudo  da medicina, da química e da filosofia; a difusão do uso do papel, da bússola e da pólvora; 


 numeros1                                                        

Os árabes da antiguidade ainda eram famosos nas artes, foram eles que inventaram a Álgebra; Astronomia; Matemática; os Algarismos Arábicos; o Alfabeto.

Trouxeram (e introduziram em nosso vocabulário) mais de seiscentas palavras na Língua Portuguesa.
A seguir algumas palavras de origem árabe introduzidas em nossa língua:
Ceia; safra; cântaro; fulano (a); Azinhaga; almofada; alfinete; ou; alfinete; almofada; alcachofra; algodão; almirante; alqueire;álgebra; alcova; alfaiate; álcool; algazarra; alfândega; almoxarife; algema; algazarra; almoxarife; algema; alaúde; aldeia; alarido; alicate; algoz; alicate; alarido; almanaque; albergue; alazão; algarismo; alvenaria; alface; alcatifa; alfafa; alpargatas; alambique; alcunha; alpiste; almudi; alfazema; alquimia; alvará; alarde; alamar; alcaparra; albarda; alguidar; Albornoz; alcatrão; alvaiade; alcatraz; alecrim; alfarrábio; alcaide; alferes; algaríva; alfaia; algibeira; alicerce; aljôfar; alfenim; aljava; almeirão; alforge; almíscar; alfaroba; alfavaca; alvíssaras; almofariz.

A arte de escrever, seja em prosa ou poesia, está profundamente relacionada à cultura árabe, cuja tradição da palavra escrita tem raízes no hábito da leitura do Alcorão, e as descrições literárias na vida nômade do deserto. A influência dessa cultura é sentida na estrutura narrativa do conto e do romance ocidentais.
A lista de escritores de origem sírio-libanesa que nasceram ou adotaram o país é imensa. Raduan Nassar, Milton Hatoum, Leon Eliachar, Jorge Medauar, Jorge Tufik, Jorge Tanure, Salim Miguel, João Batista Sayeg, Carlos Nejar Malba Tahan (pseudônimo de Júlio Cesar de Souza, autor de "O Homem que Calculava", que não era árabe, mas escreveu como um), são apenas alguns deles.

A Universidade é o local onde os nomes de origem sírio e libanesa têm se mostrado mais evidentes em conseqüência do incentivo à educação, como já foi citado anteriormente. Profissionais nas áreas da Medicina, como Adib Jatene (Xapuri, Acre); no Direito, Alfredo Buzaid (Jaboticabal, 1914); na Filosofia, Marilena Chaui (São Paulo, 1941); na Sociologia, Aziz Simão (São Paulo); na Filologia, Antonio Houaiss (Rio de Janeiro, 1915-1999), entre tantos outros, indicam a notável contribuição das gerações crescidas com o país que os recebeu.
  adufe-large                                                          
O que poucos sabem, porém, é que a presença árabe é sentida até em uma criação genuinamente nacional, associada ao Brasil por qualquer habitante do planeta: o samba.Isso mesmo, o samba, em suas origens, nas batucadas nos morros do centro do Rio de Janeiro, nos primeiros anos do século 20, contou, entre os vários instrumentos de percussão de origem africana, com um, em especial, de origem árabe: o adufe.
Semelhante ao pandeiro, só que em formato hexagonal e sem platinelas, o adufe teria ajudado o samba a chegar à batida rítmica que hoje o caracteriza.Ou, pelo menos, contribuído para a marcação "diferente" do samba produzido em algumas escolas mais tradicionais, como é o caso da Portela.


1caio "A cultura árabe é uma cultura muito doce, muito humana, muito poética, apesar dos transtornos com os quais ela é identificada nos nossos dias"( Caio Porfírio Carneiro)

Fontes de pesquisa: Tenda Árabe, Wikipédia e Instituto da Cultura Árabe.